Cecafé expõe novas regras da UE e seus efeitos no comércio a produtores do Sul de MG

No sábado, 7 de dezembro, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou do 8º Dia de Campo sobre Sustentabilidade Cafeeira, realizado pela Comexim em parceria com o Instituto Federal Sul de Minas, na Fazenda Paraíso, em Ouro Fino (MG). Com a presença de mais de 100 cafeicultores, o evento abordou temas atuais e de grande relevância para a melhoria contínua da sustentabilidade na cafeicultura brasileira.

O Cecafé expôs aos presentes as novas regras de comércio que partem da União Europeia, como o Regulamento da UE para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), a Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa (CS3D) e o regulamento sobre produtos fabricados com trabalho forçado, bem como os efeitos que possuem no fluxo de comércio de café para o bloco econômico e a solução adotada pelo segmento exportador, que é a Plataforma de Monitoramento Socioambiental Cafés do Brasil.

No evento, a diretora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade (RSS) do Cecafé, Silvia Pizzol, explicou que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) passa a ser uma informação fundamental na comercialização do café, pois é a base para a rastreabilidade até o polígono das áreas produtoras, um dado que é pré-requisito para a exportação do café à União Europeia.

“Com as novas regras de comércio alinhadas aos critérios ESG, é importante estar atento à regularização ambiental das propriedades cafeeiras e à adoção de boas práticas trabalhistas e de proteção aos direitos humanos. Mecanismos e estratégias preventivas e de mitigação de riscos de infrações à legislação nacional passarão a ser cada vez mais demandados e valorizados no mercado europeu”, comenta Silvia.

Ela ressaltou, ainda, que as práticas de agricultura regenerativa, além de serem de grande importância para a resiliência da produção cafeeira frente aos eventos climáticos extremos, também aumentam a atratividade dos grãos produzidos ao mercado europeu. “Isso porque a CS3D prevê que as grandes empresas importadoras de café tenham planos de transição climática, com objetivos de redução da pegada de carbono, até 2050”, conclui.

Fonte: Cecafé