Cafeicultura paulista ganha mais um selo especial
A cafeicultura paulista está em festa e com expectativa de grandes conquistas. Depois da criação da Associação da Cuesta Paulista, que representa uma região forte na produção de café, a premiada cafeicultora Daniella Pelosini, integrante da Comissão Técnica de Cafeicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), foi a primeira mulher do Brasil a receber o selo de produtora em solo de vulcânico. Ela tem trabalhado para levar a marca de denominação de origem para outros produtos da região.
Para Daniella, essas são conquistas que reforçam ainda mais a qualidade da agricultura paulista. A mesma opinião é compartilhada pelo coordenador da Comissão, Guilherme Vicentini, cafeicultor de Altinópolis. Ele afirma que selos como o de Identificação Geográfica são importantes, por agregar valor aos produtos de excelência de determinada região.
“Ne região da Alta Mogiana já temos produtos com o selo de Identificação Geográfica qualificando a produção. Tudo o que puder ser feito para realçar a agricultura paulista é importante, pois mostra a garra dos produtores em busca da qualidade de seus produtos”, afirmou Vicentini.
Em abril, o Sindicato Rural de Pardinho fez um seminário sobre denominação de origem para mostrar aos produtores a importância do selo na valorização das culturas. Além das palestras de Rogério Loesch, sobre conservação da biodiversidade da Cuesta Paulista, e da advogada Daniela Ricardi, o engenheiro agrônomo Diego Siqueira explicou sobre a qualidade e diferença dos solos.
“Os solos possuem diferentes minerais que impactam diretamente na resposta dos cultivos agrícolas, seja café, seja flores de citros que vão originar mel, por exemplo. Eles impactam na capacidade do solo em armazenar água, na produção das plantas e na qualidade da produção”, explicou Diego Siqueira.
Valorização
A ideia, diz Daniella, é que a Associação da Cuesta Paulista, que envolve os municípios de Anhembi, Avaré, Bofete, Botucatu, Itatinga, Paranapanema, Pardinho, Pratânia, São Manuel e Torre de Pedra, entre no processo de identificação geográfica pelo café, abrindo espaço para outros produtos num segundo momento. O processo está em andamento e a expectativa é muito grande por valorizar os produtores da região.
“O café será o primeiro passo, mas na região temos muitos produtos premiados internacionalmente, inclusive. Após aprender o caminho, temos certeza de que a identificação geográfica chegará a produtos excepcionais da região como queijos, mel, vinho e cachaça, entre outros”, concluiu Daniella Pelosini.
Fonte: FAESP / Senar